A propósito de um "post” publicado
recentemente no Blog Kouzas e Louzas, sob o título “o camarada que veio do frio”, numa
divertida e bem humorada alusão ao clássico de John Le Carré “ O Espião que
saiu do frio”, entendo que seria desonesto da minha parte, não vir aqui deixar
uma nota de esclarecimento relativamente ao teor do mesmo e mais concretamente às
referências que são feitas sobre o meu alegado envolvimento na campanha da Dra
Margarida Gariso às eleições concelhias do PS Feira.
O Projeto 5000 é como se sabe (por ter
sido amplamente noticiado), o principal emblema desta candidatura às eleições concelhias
e nasce de uma reflexão conjunta de militantes socialistas que entenderam por
bem dar, desta forma e sob a batuta experiente da candidata Margarida Gariso, uma
resposta política firme e determinada a uma outra solução do tipo partidocrático
que se perfilava no horizonte, corporizada pela candidatura (única) do Eng.
António Cardoso e do seu respetivo séquito de apoiantes.
Ora, como também é por todos sabido, as eleições
concelhias do PS Feira tem sido pautadas ciclicamente pelo recurso a sindicatos
de voto que provocam naturalmente constrangimentos ao exercício da Democracia, por
via do aniquilamento do espaço de debate público que é coisa que, como vem
sendo denunciado por muitos militantes, outra coisa não faz senão diluir a
verdadeira essência do ideário socialista num emaranhado viscoso de
compromissos e acordos de bastidores pouco claros e pouco transparentes que invariavelmente
desaguam, (também ciclicamente), na mesma fossa asséptica onde desaguam os
votos da nossa continuada tristeza.
Ora, ao introduzir um conjunto de
práticas inovadoras que permitem uma maior afirmação democrática dos militantes
socialistas consubstanciadas num projeto amplo e aberto que é dirigido não só para
todos esses militantes em particular mas para a sociedade em geral, o projeto
5000 assume-se como um desígnio que transcende o âmbito partidário e propõe-se romper
decisivamente com a apatia introvertida daquele PS Feira, “quási” moribundo e circunspecto
que nos tem habituado a uma oposição frágil e circunstancial, modo geral feita em
função da agenda política que o executivo PSD determina, com a exceção ( e
honra lhe seja feita ) da aqui candidata Margarida Gariso que só a título de
exemplo e para uma melhor compreensão da sua capacidade política, ainda
recentemente apresentou em reunião camarária na qualidade de vereadora, um Voto
de Protesto contra o anunciado(?) encerramento da Escola de Hotelaria e Turismo
da Feira.
Seja como for e porque não pretendo distanciar-me
ainda mais desta nota de esclarecimento, convido-vos a acederem à página
oficial da candidatura da Dra Margarida Gariso em http://www.facebook.com/projeto5000, onde
poderão perceber claramente que o meu “suposto” contributo numa escala de 0 a
100, situar-se-á algures entre o 0 e o 0,5 sobretudo se comparado por exemplo com
o contributo dado por todos esses militantes que desde a primeira hora se
propuseram acompanhar e integrar a lista de apoiantes da candidata Margarida
Gariso, nomeadamente através da apresentação de ideias e propostas objetivas
que foram sendo lançadas à discussão em inúmeras reuniões preparatórias e de onde
saíram conclusões que permitiram engrossar democraticamente (diga-se) este esteio
político de referência a que unanimemente resolveram chamar de projeto 5000.
Assim, e só porque o post já vai longo, (e
maçudo) concluo esta intervenção dizendo que não sendo militante, tive o
privilégio de poder estar presente e acompanhar esta candidatura na qualidade
de “elemento” da tal sociedade civil, sendo a minha “presença” coerente com o
discurso da candidata Margarida Gariso onde a possibilidade de participação e intervenção
que me facultaram se encontra devidamente sublinhada no seu programa político.
E agora sim finalizo, dizendo que se tivesse
que fazer um balanço desta experiência política, sublinharia o fato de me ter
sido permitido obter entre outras coisas, um maior e mais profundo conhecimento
da dinâmica do partido socialista no concelho feirense. E convenhamos, isso é a
todos os títulos enriquecedor para quem como eu, se interessa por política.
Sem mais,
Olá Toni.
ResponderEliminarTenho andado um pouco ocupado e só agora te pude responder.
Tenta escrever sobre assuntos que as pessoas estejam dispostas a ler. Se verificares que os temas que sugeres não vão ao encontro do que os "donos" do Blog pretendem, não insistas.
Tens que saber respeitar essa opinião.
Por outro lado, a maneira como reages, determina o teu carácter. E sendo tu boa pessoa, que eu sei que és, nunca te deixes levar pela indignação porque ela faz-te dizer coisas que podem ser consideradas ofensivas pelos outros. Tenta aceitar a minha sugestão e vais ver que és mais apreciado por aquilo que escreves.
Fica bem
tens razão, obrigado Bettencourt
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