As notícias de hoje
do Terras da Feira, confirmam em definitivo que o núcleo duro do PS/Feira está
apostado em convidar uma figura de relevo nacional para encabeçar uma
candidatura à Câmara da Feira nas próximas eleições autárquicas. Acrescenta
ainda a mesma notícia que não é de excluir a hipótese (ainda que remota) do já
assumido candidato à concelhia, António Cardoso poder ele próprio, chamar a si
e pela quarta vez, esse fastidioso desígnio.
Como é do
conhecimento de todos, muito se tem falado sobre esta mais do que previsível,
candidatura de António Cardoso.
O envolvimento do
núcleo duro parece pois emprestar-lhe (à candidatura) uma aura resplandecente
de consensualidade que aparentemente servirá também e no bom sentido, para
apaziguar uma franja de Socialistas, porventura mais inquietos e apreensivos com
a estratégia que o partido adotará para o período eleitoral que se avizinha. Concelhias
e Autárquicas.
Seja como for, não me
irei deter muito em apreciações sobre o(s) mérito(s) ou demérito(s) desta
candidatura.
Na verdade o que nos
deve preocupar agora é o núcleo “mole” do partido.
Intriga-me como é que
alguém se pode atrever a agitar o dedo no ar, acusando o partido de Cardosite
crónica, de hermeticidade, de deficit democrático, de… sei lá bem que outros epítetos
de menor urbanidade posso eu aqui enunciar, para depois capitularem perante a
possibilidade democraticamente instituída de poderem fazer valer os seus pontos
de vista nomeadamente através do sufrágio.
Pergunto-me se poderá
este laxismo e esta atitude de indiferença serem justificados(as) com o
argumento seco de que pura e simplesmente todos estes militantes a quem
reconhecemos valor e qualidades se recusaram pura e simplesmente a sair das
suas zonas de conforto?
Seria expectável na
óptica do militante e/ou simpatizante que estas próximas eleições concelhias
nos trouxessem um novo PS, mais maduro e declaradamente mais inconformado com o
Status vigente.
Um PS que demonstre
uma predisposição natural para acolher com agrado um naipe alargado de
propostas e que saiba promover amplamente a discussão dessas mesmas propostas na
“Praça pública”.
É que a não ser assim,
seremos levados a concluir que a afirmação da tal vitalidade democrática e do
tal rejuvenescimento que tanto se tem apregoado aos quatro ventos não passam de
epifanias inconsequentes ditas com a mesma emotividade que nos provoca um Tinto
de casta nobre.
Impõe-se assim e pelo
exposto, o aparecimento de outras candidaturas à liderança do PS Feira ou então
o já de si débil músculo cardíaco que tem tido por função irrigar e assegurar a
oxigenação democrática das artérias socialistas ao longo de todos estes anos,
acabará por sucumbir por excesso de “Strecht” já em 2013.
A previsível apoplexia
que advém dos maus resultados ou se preferirem e como também já ouvi dizer, o
reeditar da “crónica de uma crucificação anunciada”.
Até Já
SR. BETTENCOURT O SR MONTANA É UM OSSO RUIM DE MINAR…
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